14 de março de 2010

Proposta nº1. Desenvolvimento

No que respeita à Proposta nº1 de DCV, a elaboração de uma composição para a capa de um cd, utilizando os elementos básicos do design e partindo da letra de uma música, nós tivemos bastantes e ideias e elaborámos alguns esboços que, hoje, publico aqui.




Nesta digitalização, é possível ver algumas das nossas ideias iniciais, sendo que umas foram mais exploradas do que outras.

Partindo do princípio de que na letra da canção Mad World as pessoas se encontram num estado de apatia e passividade e o autor acha este mundo louco simultaneamente triste e engraçado, muitos dos nossos esboços representam caras de pessoas tristes e alegres… no fundo, confusas, como, por exemplo, o esboço nº5, em que metade do rosto pretende comunicar alegria e a outra metade tristeza.

Aliada a esta ideia principal, surge também o facto de as tais pessoas da letra poderem estar a ser manipuladas e, assim, não fazerem nada com vontade própria. E, desta forma, surgiram os esboços números 4, 8 e 9.

O esboço nº 4 representa uma bola de vidro dentro da qual estariam várias pessoas e que seriam movimentadas ao sabor da mão que decidisse agitar a bola, e apenas e só se esta o desejasse.

O esboço nº 8 consiste numa marioneta, pretendendo representar de forma mais óbvia esta manipulação.

Quanto ao esboço nº 9, pode ver-se uma cara cujo sorriso é artificial e desenhado por um lápis que alguém (exterior) segura, ou seja, segundo esta lógica, as emoções das pessoas que dão forma ao mundo são previamente projectadas por alguém.

Pensando, de uma forma mais objectiva, em aliar os elementos básicos da Comunicação Visual à nossa composição, percebemos, de imediato, que o movimento e a direcção eram elementos que não poderiam faltar, pois as pessoas neste mundo de Gary Jules correm continuamente em círculos, fazendo também girar o próprio mundo.

E, desta forma, surgiram os esboços números 1, 7, 10, 11 e 12. Em todos estes desenhos, pretendíamos demonstrar os movimentos circulares através de objectos associados aos mesmos, como rodas gigantes, peões, roletas…

Entre estes doze esboços, seleccionámos apenas três que, posteriormente, desenvolvemos um pouco mais.


Neste esboço, idêntico ao nº 7, foram exploradas sobretudo a forma, as linhas e o movimento. Pretendíamos que o mundo fosse como um bola de basquetebol rodando sobre dedo de um jogador. Neste mundo estariam presentes várias pessoas formando uma espiral para imprimir movimento e dinamismo à composição.
O mundo era simultaneamente uma cara metade triste, metade contente e com óculos, visto ser um pormenor focado na letra da música.
A nuvem foi pensada para dar alguma textura à composição e através das linhas da chuva visava representar a tristeza.
Depois de desenvolver um pouco mais este esboço, percebemos que tinha demasiados elementos e que, por isso, se tornaria muito confuso e se desviaria daquilo que realmente pretendíamos comunicar visualmente.

Outro esboço, semelhante ao nº 8, foi o da marionete, em que exploramos linhas, pontos, formas e movimento de um modo muito mais simples, para fugir à “confusão” do esboço anterior.
À partida, tudo seria desenhado por nós, à excepção dos suportes da marionete, que remeteriam para o elemento exterior, para a manipulação destes bonecos. As linhas do corpo do boneco seriam tracejadas para transmitir fragilidade, enquanto que as linhas da própria marionete seriam cheias para demonstrar o quão manipuladas as pessoas podem ser.
Apesar de este esboço nos parecer facilmente exequível, o problema residia na “manipulação”. Depois de lermos a letra várias vezes, apercebemo-nos de que as pessoas não são manipuladas, mas sim, simplesmente, passivas e, desde então, esta possível composição ficou fora de questão.

Quanto ao terceiro e último esboço, semelhante ao nº 1, este é visivelmente bastante mais elaborado do que o anterior. Nele constam elementos como círculos, rectângulos (banco de jardim), triângulos, linhas (tracejadas ou não) e pontos.
A ideia era representar a passividade com as pessoas andam à roda numa roda gigante como se fossem felizes, enquanto que o protagonista da letra assiste sentado num banco de jardim, sentindo um misto de felicidade e tristeza, sendo a primeira representada pelo balão que segura, pelo sol, e pela própria roda gigante e a segunda pela nuvem e a chuva sobre a sua cabeça.

Como esta nos parecia uma boa composição para a capa de um cd, decidi procurar na Internet e tirar algumas fotografias a alguns dos elementos e objectos representados que, posteriormente, poderiam ou não ser coladas no nosso trabalho e que serviriam de inspiração. Aqui estão elas:


















Apesar de esta composição nos parecer interessante do ponto de vista da Comunicação Visual, pretendemos elaborar algo mais simples e que não desvie a atenção dos observadores.
Por isso, continua o suspense em relação à nossa composição. Já estamos a trabalhar nela há algum tempo, mas, por enquanto, não publicarei nada para não estragar a surpresa.

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